VERSOS ESTRANHOS 1941

António Vieira Lisboa, inicia a sua produção literária nos anos 40, publicando todos os seus livros nessa década.
O poeta Vieira Lisboa, tem sido esquecido pela terra que tanto amou e tão bem soube cantar no seu lirismo.
Este blog, foi criado no momento em que decorrem 40 anos após a sua morte e pretende ser o local onde todos aqueles que possuam referencias, documentos ou fotografias que se relacionem com o homem e poeta, possam deixar o seu contributo para a reabilitação de uma das mais belas mentes poéticas de Ponte de Lima.
A todos deixo o meu apelo para contribuírem para a tarefa que agora inicio.
A sua primeira publicação, foram os Versos estranhos, de que deixo aqui algumas impressões, tornadas publicas nesse tempo, 1941.



CERTA NOITE DE JUNHO…


Beijei-Te… a cada beijo tinha o cunho
dum tal afago que não há segundo.
O céu d’estrêlas foi-nos testemunho
que é d’aí o nosso amor oriundo…


Beijei-Te…(e como ainda treme o punho!)
sorvi sem pressa o gôsto até ao fundo…
-!Amôr, que noite mística de Junho
e como estava tão distante o mundo!...


Nessa inefável hora de vertigem:
Tu-num impulso que Tenão supuz-
Colaste à minha a Tua boca virgem…

Depois… os beijos foram vindo a flux
Sem saber ao certo a sua origem
Numa harmonia a que oAmôr tem jus.


António Vieira Lisboa
In: “ Versos Estranhos,(17) 1941



IMPRESSÕES SOBRE O LIVRO “VERSOS ESTRANHOS”

De António Vieira Lisboa



Estes Versos, estranhos
a muitíssima gente,
são da Vida que sente,
nos seus gozos e lanhos,
um poeta diferente.

(o poeta Vieira Lisboa)

… patrício de Diogo Bernardes e António Feijó,
como Eles emotivo e lyrico cantor de inspiração vibrante…

(Dr. Raul Teixeira)


…canta o Amor à sua maneira, com forte veemência sexual,
sem contudo ferir o pudor alheio, tão certo é que sob a estridente vibração do instinto ainda podem ouvir-se, nítidas, as serenas pulsações de uma alma pura, despida é certo, de preconceitos absurdos, mas cheia de sentimentos belos, nobres e elevados.

(Jornal cardeal Saraiva)

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