UM POEMA DEDICADO PELO POETA AO DR. AMÂNDIO VIEIRA LISBOA


Um soneto da autoria do Poeta Dr. António Vieira Lisboa, lido no dia 30 de Junho de 1948, na Homenagem prestada pela Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima em "Sessão solene na Sala grande da Santa Casa" ao Dr. Amândio Vieira Lisboa, quando festejava os 50 anos de clinica, tio-avô do Poeta.


Ao Dr. Amândio Vieira Lisboa


Cincoenta anos de trabalho intenso
é meio século de trabalhos, sim ...
mas quantas vidas dum olhar suspenso
o seu olhar reteve o inglório fim !

Mas, quanta Dor seu clinico bom senso
minguou, escondendo a sua dor afim !
E a quanto desalento foi propenso
porque a doença não cedia enfim !

Seu Pai já velho, como sacerdócio,
lhe deixou esta vida que eu pressinto
mais rica e bela que uma vida d' ócio,

de mais valor porque só leva o Bem.
E, nesta hora grata, pena sinto
de não ter sido médico também.
Poema gentilmente cedido por Pedro Moreira Braga, familiar do poeta.

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